Celular chega a preso por Sedex com remetente da mãe, que nega e faz BO
Faxineira de 43 anos recebeu carta escrita por filho preso em Hortolândia.
Faxineira de 43 anos recebeu carta escrita por filho preso em Hortolândia.
Mulher afirma que não enviou aparelho e procurou polícia em Piracicaba.
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Uma faxineira de 43 anos, moradora de Piracicaba (SP), procurou o plantão policial da cidade e fez um boletim de ocorrência na noite desta quinta-feira (15). O motivo foi uma carta recebida do filho que está preso em Hortolândia (SP). Na correspondência, o detento de 20 anos afirma que está no "castigo" do presídio porque recebeu um Sedex com celular dentro e o remetente que indicaria que o aparelho foi mandado pela mãe. Ela nega o envio do pacote e por isso registrou o BO.
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A mulher relatou que entrou em desespero com a carta do filho. “Na mesma hora eu liguei no presídio, para saber se realmente aquilo era verdade. E o atendente confirmou a informação e disse para eu fazer um boletim de ocorrência e procurar um advogado, que eu serei intimada para explicar o ocorrido.”
Em entrevista ao G1, na manhã desta sexta-feira (16), a faxineira disse que fizeram isso com o filho dela por vingança. Ela afirmou que tem medo de ser presa, mesmo não tendo enviado o Sedex, mas disse que irá provar sua inocência.
“Quando ainda estava com a carta na mão, tive vontade de me matar. Fiquei horrorizada, não consigo acreditar até agora. Eu só vou ao presídio uma vez por mês, porque é muito caro e não tenho condições financeiras. Por alguns instantes fiquei feliz com a cartinha, mas quando li foi um banho de água fria”, contou.
A carta
O jovem de 20 anos que está preso há um ano e três meses, por roubo e formação de quadrilha, foi transferido para Hortolândia(SP) há cerca de três meses. Na carta, ele afirma: “Chegou um Sedex. Tinha salgadinho, um cortador de unha e um pão de forma e tinha um celular dentro, agora eu estou no castigo, vou ficar 30 dias e a senhora não pode vir aqui até eu ver o que vou fazer.” O detento disse ainda que ela só poderá visitá-lo após ele conversar com o diretor da cadeia.
O jovem de 20 anos que está preso há um ano e três meses, por roubo e formação de quadrilha, foi transferido para Hortolândia(SP) há cerca de três meses. Na carta, ele afirma: “Chegou um Sedex. Tinha salgadinho, um cortador de unha e um pão de forma e tinha um celular dentro, agora eu estou no castigo, vou ficar 30 dias e a senhora não pode vir aqui até eu ver o que vou fazer.” O detento disse ainda que ela só poderá visitá-lo após ele conversar com o diretor da cadeia.
Ainda na correspondência, o rapaz diz que foi uma armação. “Aprontaram para mim, pegaram até o seu endereço. Eu pensei que fosse você que tivesse mandado. Aí, ele [agente penitenciário] pegou o pacote, abriu o pão e estava lá o celular.”
Provar inocência
Nesta manhã, a mulher foi até a defensoria pública para pedir ajuda, mas como não há atendimento às sextas-feiras ela terá de esperar a próxima segunda-feira (19). A faxineira relatou que aguarda ser intimada e as orientações que irá receber para provar sua inocência.
Nesta manhã, a mulher foi até a defensoria pública para pedir ajuda, mas como não há atendimento às sextas-feiras ela terá de esperar a próxima segunda-feira (19). A faxineira relatou que aguarda ser intimada e as orientações que irá receber para provar sua inocência.
Secretaria de Administração Penitenciária
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), por meio da assessoria de imprensa, informou que apura o caso.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), por meio da assessoria de imprensa, informou que apura o caso.
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