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domingo, 14 de setembro de 2014

ARTIGO :SEM CHANCE E SEM REVANCHE BY CARIOCA

SEM CHANCE E SEM REVANCHE
Infelizmente os fantasmas do meu pensamento, potencializado pelos sonhos, pura expressão de desejos e vontades, foram cruéis nesta passagem de sábado para domingo. Vou dormir refletindo sobre a postagem de meu AmigoFábio Barros que fala da maior luta desigual que podemos travar, quando encontramo-nos enfermos, de vencer um câncer!!! Acordo e leio na minha página do facebook a postagem do colega dirigente sindical Rozalvo Jose Silva, censurado de seus textos na entidade de classe que representa, com retaliações de suas publicações, por expor sua linha de raciocínio no combate à hipocrisia, posicionamento e outros assuntos de cunho trabalhista e político.
Neste contexto começo invocando Nelson Rodrigues com a frase “o mineiro só é solidário no câncer” que ele sarcasticamente atribuía ao Otto Lara Resende a referida citação. É óbvio que não quis se referir de forma preconceituosa ao povo mineiro, mas sim à Sociedade de modo geral, ou seja, somente na dor da morte ou do incurável é despertado o sentimento de solidariedade. Vivenciamos no sistema prisional comportamento similar. Precisam ocorrer mortes de servidores, assassinados na porta de suas residências, executados através de fuzilamento, também na melhor técnica da eliminação dos seres humanos (tiro na nuca) ou ainda campanha humanitária de apoio (colega com câncer na Penitenciária Feminina de Pirajuí) para haver uma mobilização de classe??? Considero ser completamente sem pudor este silêncio apresentado à nossa categoria “servidor penitenciário” e temos nesse cenário os nomeados nos cargos em comissão comportando-se neste jogo de “politicagem”, devidamente seduzidos no projeto de continuar no poder de forma ilimitada e duradoura. Uma lástima!!!
Continuo dizendo que esta implícita conformidade é porque permitimos nos infectar pelo colega “braço gordo” (o que abraça tudo), este mau profissional é que não possui respeito por si próprio, muito menos pelo próximo. Nossa vida profissional tornou-se um misto de revolta, repugnância e desprezo. Os que pregam que fizemos concurso público para sermos vítimas das agressões dos presos, que saiam de trás das mesas e compareçam lá na abertura e tranca do banho de sol, com o fito de executar esta tarefa do serviço em nosso lugar, certo?! Isso sem mencionar os servidores penitenciários que saem feridos no cumprimento do dever, inclusive nas revistas gerais ocorridas nos pavilhões com presos (a última em Valparaíso).
São tantas e tão deslavadas as mentiras apresentadas à Sociedade sobre nós servidores penitenciários, tão grosseiras as justificativas e tão grande a falta de escrúpulos, que cogito a existência de um enorme fosso moral e ético no lugar de uma crise momentânea de valores por parte do patronato estatal. É muito mais cômodo darem para a imprensa “marrom” a pecha que nosso colega de profissão assassinado era envolvido com o submundo do crime, pois defuntos não voltam para se defender em público, né?! Não se iludam, enquanto nossos Chefes nomeados, os “braço gordo” e os pelegos de sindicato não forem combatidos como devem, nada vai mudar. A princípio, como trabalhador do sistema prisional só temos dois caminhos: o voto e a greve.
Portanto colega braço gordo e pelego de sindicato, se não sabemos de nada, não somos donos de verdade nenhuma, e se quisermos solução eficaz, temos que busca-la fora de nós, de forma coletiva, olhando para os lados!!!

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