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sábado, 21 de junho de 2025

Devocional 21 de Junho "Promessa abençoadora

O Senhor enviará bençãos aos seu celeiros e a tudo que as suas mãos fizerem. O Senhor, seu Deus, os abençoará na terra que dá a vocês! Deuteronômio 28:8

O capítulo de Deuteronômio que contém o verso do devocional de hoje detalha as bênçãos que acompanham a obediência a Deus e as consequências da desobediência ao Senhor. Ele promete de maneira clara que, se o povo obedecesse a Ele e seguisse cuidadosamente os Seus mandamentos, abençoaria todos os aspectos da vida garantindo provisão e prosperidade.

dos israelitas, especialmente na produção do seu trabalho, O fato de Deus prometer abençoar os celeiros e os frutos das mãos do povo nos ensina que Ele deseja abençoar não apenas a nossa vida espiritual, mas também a nossa vida material e profissional. Ele se preocupa com as nossas necessidades e deseja que vivamos de forma abundante.

E importante notar que a condição para essas bênçãos é a obediência . Reflita: você está vivendo em conformidade com os princípios de Deus no seu dia a dia? Nossa disposição em seguir os Seus caminhos resulta na Sua proteção e bênção sobre os afazeres diários. Ao confiarmos em Deus como o nosso provedor, agimos naturalmente e com diligência nas nossas tarefas, refletindo o caráter honesto e trabalhador do nosso Pai. Reconhecemos que Ele está no controle e que as nossas colheitas são resultado da Sua graça em nossas vidas.

Deus é fiel para abençoar aqueles que O obedecem. Ao meditar nessa promessa, seja encorajado a viver de maneira que honre a Deus, na expectativa de que Ele manifeste as Suas bênçãos em sua vida. Que possamos dedicar tudo o que fazemos ao Senhor, confiantes na Sua provisão de acordo com a Sua vontade e propósito.

domingo, 11 de maio de 2025

Mãe : você é preciosa!

Tive uma mãe que se dedicou inteiramente à nossa sobrevivência. Uma verdadeira guerreira, uma mulher forte, que enfrentou tudo por amor aos filhos.

Quando olho para a minha história, percebo o quanto me pareço com ela. Sua vida tinha um propósito claro: cuidar de nós. E, para isso, ela abriu mão de tantas coisas…

Como compartilhei certa vez no podcast Área 18, ouvi aquela frase dura:

“Vai querer trabalhar ou estudar?”

Eu optei por estudar — e tive todo o apoio da minha mãe. Mesmo com todas as dificuldades, ela nunca deixou de me incentivar, de acreditar em mim.

Tenho poucas lembranças da minha infância — minhas memórias começam por volta dos seis anos. Mas há algo que eu nunca esqueci: nós sofremos muito. Passamos por discriminações, por necessidades básicas… mas havia uma força que nos mantinha de pé: a fé.

A força da Dona Aparecida — minha mãe — era impressionante. Uma mulher simples, mas com uma coragem imensa.

E foi através da sua fé que ela sustentou nossa casa.

Na minha família, todos conhecem a Palavra. Todos têm fé. Porque essa fé nasceu nela, cresceu com ela e foi transmitida com amor e firmeza.

Esse foi o maior legado que Dona Aparecida nos deixou.

Hoje, ela não está mais aqui. A ferida até cicatrizou, mas a marca permanece. E em dias como hoje… essa cicatriz ainda dói. Às vezes, parece até que volta a sangrar.

Por isso, se você ainda tem sua mãe com você: ame.

Valorize. Esteja presente. Dedique seus dias a ela, como ela dedicou os dela a você. Perdoe.

Sempre repito: queria tanto que ela ainda estivesse aqui… Quando a gente perde, fica um vazio.

Mas eu agradeço a Deus por ter um Pai Celestial que entregou o Filho por mim — e que, através do Espírito Santo, me consola todos os dias.

Não deixe que brigas políticas, discussões tolas ou diferenças afastem você da sua mãe.

Não importa o quanto você tenha se distanciado, ela sempre será sua mãe.

E quando você a visitar, ela ainda vai preparar comida, dar broncas, falar demais…

Ela te gerou, te criou, te amou — e, no fundo, só quer estar perto de você.

Feliz Dia das Mães.

A todas as guerreiras, lutadoras, protetoras.

Ore com ela. Ame sem reservas.

Porque é muito, muito bom ter mãe.

segunda-feira, 21 de abril de 2025

O Dia de Tiradentes e a Construção Social da Memória no Brasil

O dia 21 de abril é celebrado nacionalmente como o Dia de Tiradentes, em homenagem a Joaquim José da Silva Xavier, mártir da Inconfidência Mineira. Essa data, instituída como feriado nacional desde 1890, logo após a Proclamação da República, rememora a luta pela liberdade e pela independência do Brasil do domínio português.

No entanto, além de seu valor histórico, essa celebração também revela como a sociedade constrói e utiliza a memória coletiva de forma simbólica e política. A sociologia oferece importantes reflexões sobre esse fenômeno. Émile Durkheim, por exemplo, entende os feriados cívicos como mecanismos de coesão social. O Dia de Tiradentes, nesse sentido, funciona como um ritual coletivo, reforçando valores como o patriotismo e a liberdade.

A figura de Tiradentes atua como um totem laico, símbolo em torno do qual a sociedade reafirma sua identidade. Contudo, segundo Maurice Halbwachs, a memória coletiva não é espontânea, mas moldada por instituições como o Estado, a escola e a mídia. A imagem heroica de Tiradentes foi ressignificada pela República para sustentar ideais de liberdade e justiça, muitas vezes excluindo outras figuras e movimentos populares da história nacional, como as revoltas de escravizados e indígenas.

Essa seletividade também é analisada por Michel Foucault, que entende a história como instrumento de poder. O uso da figura de Tiradentes como mártir serve para legitimar uma narrativa oficial, promovendo uma forma aceitável de resistência. Da mesma forma, Pierre Bourdieu argumenta que essa representação acumula capital simbólico, fortalecendo a autoridade de instituições como as polícias, das quais Tiradentes é patrono.

A sociologia crítica brasileira, representada por autores como Florestan Fernandes e Jessé Souza, aponta ainda que a exaltação simbólica da liberdade pode esconder desigualdades reais. O discurso de heroísmo e luta por justiça nem sempre se traduz em avanços sociais concretos para a população brasileira. Assim, a celebração pode tornar-se uma encenação democrática, que reverencia o passado libertário sem promover transformações no presente.

Portanto, o Dia de Tiradentes é mais do que uma data comemorativa: é um espelho das formas como a sociedade constrói, molda e utiliza sua própria história. Refletir sobre essa celebração permite questionar o que lembramos, o que esquecemos e, sobretudo, por que essas escolhas são feitas. Dessa forma, a memória se torna não apenas um exercício de lembrança, mas uma ferramenta de crítica e transformação social.

domingo, 20 de abril de 2025

Pela sua morte fomos redimidos, pela sua ressurreição temos um amanhã

Há oito meses, Cristo ressuscitou em meu coração. Ele morreu há mais de dois mil anos, e ainda continua fazendo milagres!

Minhas prioridades se inverteram , assim como o filho pródigo, abandonei o Pai , à família, a minha vida e hoje posso afirmar : Ele... Ele nunca me abandonou.

Este dia me faz refletir profundamente sobre a verdadeira Páscoa. Foi por meio da Sua morte e ressurreição que eu renasci. Voltei a acreditar no futuro. Voltei a sonhar. A Páscoa não é ovos de chocolate , assim como Cristo não é comércio. A verdadeira Páscoa é a maior prova do amor de Deus por nós, dando seu filho para morrer em nosso lugar!

É a certeza de que, por Ele, podemos vencer tudo – todas as lutas, todas as dores, todas as dificuldades – para a honra e glória do Seu nome. Eu havia chegado ao meu limite. Achei que não havia mais vida para mim. Foi então que me ajoelhei e entreguei tudo a Deus. Reconheci que não era mais pela minha força – agora era com Ele.

Desde agosto do ano passado, tenho vivido verdadeiros milagres. O maior deles? Acordar todos os dias acreditando que é possível mudar, que a vida pode recomeçar. Deus tem mudado minha história, recuperei minha família, estou melhor no trabalho, estou vivendo o meu melhor em tudo. E por Ele, para Ele, eu continuo crendo no amanhã. Sem medo de lutar, sem medo de me arriscar. Sempre guiado pela sua palavra e cumprindo um dos maiores mandamentos : “Amar ao próximo como a ti mesmo.”

Feliz Páscoa a todos!

sexta-feira, 4 de abril de 2025

46 anos ,muita luta e muita gratidão!




Hoje completo 46 anos, agradecendo a Deus por tudo o que vivi até aqui. Tenho um coração muito grato, apesar de todas as dificuldades que enfrentei na infância devido à pobreza e à discriminação. Fui ensinado pela minha falecida mãe, Aparecida, a lutar e vencer.


Na minha cidade natal, Lavínia, vivi até os 21 anos. Tive um comércio, mas acabei quebrando. Minha vida tem sido um aprendizado constante, e aprendi muito principalmente com meus erros. Minha trajetória começou a mudar aos 21 anos, quando entrei para o sistema prisional. Essa escolha foi influenciada pelo meu primeiro trabalho aos 13 anos, quando eu levava comida para a Delegacia de Lavínia. Lá, conheci muitos policiais, entre eles o carcereiro Moisés, hoje investigador aposentado, que me acolheu muito bem e despertou em mim o desejo de ser policial.


Lembro-me de ter feito uma redação na antiga matéria EPT (Educação para o Trabalho), e a professora Sueli Moura – que mais tarde se aposentou como Policial Penal – foi uma grande inspiração para mim.


Aos 21 anos, tomei posse no cargo de agente penitenciário, em 10 de novembro de 2000. Naquele período, eu estava focado em prestar vários concursos. Sempre fui um bom aluno e já era líder na escola, participando de diversas atividades. Costumo dizer que a educação foi um dos pilares fundamentais para minha sobrevivência.


Quando fiz o concurso, meu desejo era passar e ir morar na capital. Confesso que não foi fácil. Estava sozinho, mas antes de tomar posse conheci minha esposa, Eliza. Nosso amor foi arrebatador e, ao chegar em São Paulo, já carregava dentro de mim a vontade de voltar para ela.


Minha unidade foi inaugurada com 96 presos transferidos após uma rebelião no “Piranhão” – como era conhecido o RDD de Taubaté, hoje transformado em um hospital de custódia. Entre os presos, havia também um nome famoso pelo terror de seus crimes: o “Maníaco do Parque”, que ficou no seguro. Muitos já conhecem essa parte da minha história.


Sou grato por todo aprendizado que tive na capital. Fiz muitos amigos que permanecem comigo até hoje. Vivemos momentos difíceis naquela unidade, enfrentando tragédias e muitas mortes causadas pela ascensão do crime organizado. Foram dias sombrios, longe de casa e da mulher que amava, mas ali comecei a ser forjado. Encontrei minha vocação: nasci para ser agente penitenciário e, hoje, sou policial penal.


Consegui retornar para casa, vindo trabalhar na PI de Lavínia. Mais uma vez, o destino me colocou em outra missão. Cansados de ver o crescimento e domínio do PCC na unidade, eu e mais quatro guerreiros decidimos denunciar os abusos. Após muitas tentativas de diálogo sem sucesso, tomamos uma atitude em dezembro de 2004, durante uma festa dos presos.


Muitos ainda se lembram: naquela época, havia festas na unidade. Os próprios presos decoravam a radial, faziam churrasco no dia do evento e colocavam som com CDs de apologia ao crime. Os pavilhões tinham paredes desenhadas com símbolos e padronagens conhecidas, como cigarros de maconha e frases como “Paz, Justiça, Liberdade e Igualdade”.


Tomamos a decisão de denunciar. Não sabia o que estava por vir: perseguições, ameaças, humilhações. Passei pelo famoso “bonde”, fui removido de unidade, mas continuei firme. Após anos de luta, vencemos essa fase.


E então, uma nova missão começou a se desenhar. Devido aos problemas que enfrentei na unidade, comecei a frequentar o Sifuspesp regional de Mirandópolis. Mal sabia eu que estava sendo apresentado a outra vocação. Além de me aprofundar nas leis e regimentos, iniciei um trabalho voluntário, visitando unidades da região e aprendendo sobre essa missão.


Com o passar dos anos, acabei presidindo o Sifuspesp, dando continuidade à luta de muitos que ali passaram. Durante 15 anos fui forjado para chegar ao lugar onde estou hoje. Sempre amei minha profissão, e hoje, como presidente do Sinppenal, tenho orgulho de lutar por minha categoria, que me trouxe dignidade.


Aprendi muito com todas as regras dentro das unidades: ética, respeito e palavra. Passei pelas unidades de Riolândia e Lavínia II, e nunca foi fácil.


Apesar de tudo, sempre houve algo maior que me guiou e protegeu: Deus. Ele esteve comigo em todos os momentos. Fui batizado aos 12 anos pelo pastor Wilson, também Policial Penal, hoje aposentado.


Com o tempo, me afastei da igreja, mas Deus nunca se afastou de mim. Em 2007, após muitas orações, voltei para a vida cristã e aceitei o cargo de coordenador da região de Mirandópolis. E então veio uma das maiores batalhas que já enfrentei: denunciar um pedófilo que era líder da igreja que eu frequentava.


Essa foi, sem dúvida, uma das maiores guerras da minha vida. Mas, em tudo isso, Deus estava comigo. Era mais uma fase da  forja. E assim sigo, sempre buscando a justiça.


Ainda há muita história para contar, mas por ora, encerro aqui.


Sou grato a Deus por todo aprendizado que vivi até agora. Agradeço à minha esposa, que me aceitou de volta após dois divórcios. Admito que já errei muito, mas minha vida é um eterno aprendizado.


Chego hoje aos 46 anos. Muitas vezes pensei em desistir, mas no ano passado, retornei aos braços do Pai, único Deus e Senhor da minha vida, que me deu forças para continuar. Estou vencendo doenças, estou vencendo meu eu!




Obrigado, Senhor. Obrigado, família, por me aceitarem de volta. Obrigado, vida!


Sigo lutando pelo ideal da minha categoria. Já me dispus a uma eleição para deputado estadual – e quem me conheceu lá em Lavínia sabe que isso parecia impossível. Confesso que não sou rico, mas minha maior riqueza é o amor de Deus, o amor da minha família e, principalmente, o amor do meu neto, Fábio César – a maior honra da minha vida!


E o melhor de tudo isso? Hoje tenho uma legião de amigos, homens e mulheres de honra, que acreditam e lutam ao meu lado.


Nestes 46 anos vividos, venho apenas agradecer. Minha vida é meu maior presente!


Obrigado, Senhor! Seguimos escrevendo esta história!





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