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terça-feira, 30 de outubro de 2012

Secretário de Segurança Pública nega toque de recolher em SP


Secretário de Segurança Pública nega toque de recolher em SP

Ele diz que há pessoas 'mal intencionadas, ainda mais em período eleitoral'.
Ferreira afirma que espera que boatos terminem com fim das eleições.

Do G1 São Paulo
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O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, disse nesta terça-feira (30) que não há toque de recolher decretado por criminosos na capital paulista. "Se tiverem, são boatos", disse. Ferreira Pinto relacionou os relatos a pessoas mal intencionadas no período eleitoral e disse que comerciantes podem ter optado por fechar portas por "questões subjetivas".


"Não tem toque de recolher em lugar algum. São pessoas mal intencionadas, ainda mais no período eleitoral. Espero isso aí agora cesse, agora acabando toda essa celeuma, essa disputa eleitoral, que cesse essa forma tendenciosa que algumas pessoas aproveitam o momento espalhando preocupação indevida para a população”, disse.

Também coronel Roberval, comandante da PM, disse que todos esses boatos foram verificados pela PM e nenhum foi comprovado como toque de recolher. Ele admitiu que algumas pessoas podem ter fechado as portas por medo de relatos que circulam nas redes sociais.

Shopping fechado
O secretário de Segurança  foi perguntado nesta manhã sobre um suposto fechamento do Shopping Aricanduva às 20h de segunda-feira (21). "São boatos", repetiu Ferreira Pinto. Procurado pelo G1, a assessoria do centro comercial negou ter fechado as portas mais cedo.

"Aqui não precisa ter unidade pacificadora, não tem nada pra pacificar em São Paulo, a polícia entra em qualquer lugar, aqui não tem necessidade de Exército, Marinha, Aeronáutica pra garantir eleição porque a policia é autosuficiente", disse Ferrreira.
Espero isso aí agora cesse, agora acabando toda essa celeuma, essa disputa eleitoral, que cesse essa forma tendenciosa que algumas pessoas aproveitam o momento espalhando preocupação indevida para a população"
Ferreira Pinto,
secretário de Segurança Pública
Segundo o secretário, as notícias que circulam são boatos sem fundamentos e que teriam sido ampliados pelos próprios meios de comunicação.  “Promovidos por pessoas levadas por esses meios de comunicação que acabam exagerando com relação à violência”, afirma.

Ferreira Pinto disse ainda que há questões subjetivas na decisão das pessoas que eventualmente optam por encerrar o expediente mais cedo. “Se o comerciante acha que tem que fechar a porta, que ele tem algum problema pessoal, medo, temeridade maior, acho que é uma questão subjetiva", afirmou.
De acordo com o SPTV, o secretário de Segurança convocou na segunda toda a cúpula da Polícia Civil para uma reunião de emergência. Participaram diretores do Deic, Departamento de Narcóticos e Divisão de Homicídios. O secretário cobrou mais empenho da Polícia Civil para prender os assassinos de PMs e mais empenho para enfrentar a onda de violência.
Onda de crimes
Na tentativa de coibir a crescente onda de assassinatos que assola São Paulo desde agosto, a Polícia Militar iniciou na segunda, na Zona Sul, a primeira das quatro fases de atuação contra o crime organizado na capital.
Mais de 500 policiais militares das tropas de elite da corporação foram enviados desde o início desta madrugada à favela de Paraisópolis, onde vivem cerca de 80 mil pessoas. A Operação Saturação, como é chamada, deverá ficar na comunidade por tempo indeterminado, atuando 24 horas ininterruptas. As Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), canil, policiamento com motos e viaturas realizarão blitzes na região do Morumbi, que concentra casas de alto padrão e comunidades carentes.
De acordo com o responsável pelo comando de policiamento na cidade, coronel Marcos Roberto Chaves, os serviços de inteligência das forças de segurança do estado identificaram que a série de ataques teriam partido de regiões como essa, que concentram o tráfico de drogas. Em entrevista ao G1, o oficial afirmou que o acerto de contas entre criminosos e a vingança de policiais militares contra a morte de colegas são as principais hipóteses para as execuções.
MortesSegundo balanço da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a capital paulista registra aumento no total de homicídios dolosos. No mês passado, a cidade de São Paulo teve uma elevação de 27% nos casos de homicídios dolosos – passou de 106 em agosto para 135 em setembro.

De acordo com levantamento do SPTV, 92 pessoas foram mortas em 20 dias na Grande São Paulo e capital. Desde domingo, foram mais de 50 mortes. Os assinatos mais recentes ocorreram entre a noite deste domingo (28) e a madrugada desta segunda: oito foram mortos a tiros na capital. Na maioria dos casos, os criminosos passavam em motos atirando em quem estivesse nas ruas. Os locais alvo dos ataques são conhecidos por comercializar entorpecentes.
O Ministério Público Estadual de São Paulo apura um possível confronto entre policiais militares e criminosos ligados a uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios paulistas. Os bandidos divulgaram cartas e foram pegos em escutas telefônicas ordenando atacar e matar PMs. Desde o início deste ano, 86 policiais foram assassinados no estado de São Paulo, segundo a corporação. Para responder aos ataques, os agentes estariam montando milícias e grupos de extermínio contra bandidos.

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