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sábado, 22 de fevereiro de 2014

Justiça decide mandar membro de facção de SP para isolamento

Justiça decide mandar membro de facção de SP para isolamento

Após escutas telefônicas, a Justiça de São Paulo determinou na última segunda a transferência do preso Wanderson Nilton de Paula Lima, conhecido como Andinho, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) por 360 dias. Cabe recurso da decisão.
Andinho é considerado um dos chefes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que atua dentro e fora de presídios.

Condenado a 688 anos de prisão por sequestros, roubos, homicídios e tráfico de drogas, Andinho está preso em Presidente Venceslau (a 611 km de São Paulo). O RDD é cumprido em Presidente Bernardes, na região.
O RDD prevê que o preso fique isolado 22 horas por dia, sem contato com outros detentos, televisão ou jornais. São permitidas apenas duas horas diárias de banho de sol.
Nos próximos dias, a Justiça deve decidir se Marcos Camacho, o Marcola, principal chefe do PCC, irá para o RDD.
A decisão sobre Andinho, do juiz Paulo Eduardo Sordi, da 5ª Vara das Execuções Criminais, atende a pedido feito no ano passado pelo secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes.
O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público de Campinas obteve, durante investigação, várias gravações que comprovariam que Andinho estava dando ordens para criminosos de dentro do presídio.
Na mesma investigação, o Gaeco acusou sete policiais do Denarc (departamento de narcóticos) de ganhar "mesada" de traficantes para passar informações para o PCC. Os policiais negam.
Segundo o juiz, as escutas "constituem indícios veementes da posição de liderança exercida" por Andinho, apesar de ele estar em unidade de segurança máxima.
"Valendo-se de aparelho celular interceptado, [Andinho] participou ativamente da articulação de crimes de gravidade inconteste, como tráfico de entorpecentes", afirma o juiz na decisão.
OUTRA INVESTIGAÇÃO
Em 2013, após ampla investigação sobre o PCC, o Ministério Público pediu as internações de 35 presos em RDD, inclusive a de Andinho.
A Justiça paulista negou as transferências em primeira instância. O Ministério Público recorreu e conseguiu as transferências para vários casos, em segunda instância.
Andinho chegou a ir para o RDD por poucos dias. Sua defesa recorreu e o recurso ainda não foi julgado pelo Superior Tribunal de Justiça.
Folha não conseguiu localizar os advogados de Andinho ontem à noite. À Justiça, sua defesa afirmou que não era ele o interlocutor nas conversas gravadas. O juiz não acatou o argumento.
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