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terça-feira, 21 de maio de 2013

Tornozeleira ‘entrega’ autor de crime

Tornozeleira ‘entrega’ autor de crime

Rastreamento ajudou a polícia esclarecer o autor do assassinato do agente penitenciário Valdemir Martins em abril

Lilian Grasiela
Divulgação
Valdemir Moreira Martins foi morto por presidiário em Jaú
















A Polícia Civil de Jaú (47 quilômetros de Bauru) concluiu 
o inquérito instaurado para apurar a morte a facadas do 
agente penitenciário Valdemir Moreira Martins, 44 anos, 
ocorrida no início de abril. O rastreamento da tornozeleira
 eletrônica de Jair Alessandro Gomes Pereira, 26 anos,
 conhecido como “Pirata”, além de interceptações telefônicas
 autorizadas pela Justiça, comprovaram o envolvimento dele 
no crime e ele teve a prisão preventiva decretada.



Jair está preso desde 8 de abril, quando o corpo do agente 

foi encontrado em um canavial. Desde o início, de acordo
com o delegado da Delegacia de Investigações 
Gerais/Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes 
(DIG/Dise), Edmilson Bataier, ele negou a autoria do crime, 
dizendo que caberia à polícia comprovar seu envolvimento.






Durante as investigações, segundo o delegado, os policiais 
civis localizaram na residência da vítima documentos e fotos
 que demonstravam que ela e o acusado se conheciam há 
algum tempo. “As quebras de sigilo dos telefones da vítima e 
do autor do crime também demonstraram o contato entre ambos,
 inclusive no dia do crime”, revela.


Bataier conta que, na manhã do dia 7, quando a morte de
 Valdemir teria ocorrido, Jair utilizou um telefone público 
que fica na rua Vicente Di Chiachio Sobrinho, no jardim 
Orlando Ometto, próximo a residência de seus pais, 
para conversar com o agente. Nesse momento, ele ainda
 utilizava a tornozeleira, que só foi rompida após o crime.


“No momento e horário em que a pessoa que estava no 
orelhão fala com a vítima, na manhã do crime, a tornozeleira 
aparece no telefone público, ou seja, não resta dúvida que
 é ele quem está ali”, diz. O acesso aos dados de monitoramento
 do equipamento também prova que o acusado esteve no 
local exato do crime, no horário em que ele ocorreu.


“Também ficou comprovado que Jair utilizou telefones 
públicos próximos à sua residência para contato com a
 vítima e o rastreamento da tornozeleira também demonstra
 que era Jair que estava no telefone público”, afirma o
delegado. Apesar da comprovação do envolvimento dele
 na morte de Valdemir, ele negou-se a revelar os motivos à polícia.


Como Jair roubou a carteira da vítima com dinheiro, além de
 um aparelho celular e um notebook, ele vai responder por 
latrocínio (roubo seguido de morte), com pena que varia de
 20 a 30 anos de reclusão em caso de condenação. Com
 a decretação de sua prisão preventiva, ele deverá aguardar
 o julgamento preso na Penitenciaria de Avaré.


Relembre o crime


O agente penitenciário Valdemir Moreira Martins,
 morador de Bauru, foi encontrado morto a facadas,
 no final da tarde de 8 de abril, ao lado de seu veículo,
 um Fiat Siena de cor cinza, com placas de Bauru, em
 um canavial no Jardim Orlando Ometto, zona rural de
 Jaú. Além de perfurações na região do rosto, braços, 
mãos, costas e abdômen, ele apresentava um corte
 profundo no pescoço.


No mesmo dia, após denúncias e investigações 
comandadas pela DIG/Dise, Jair Alessandro Gomes Pereira,
 detento do Centro de Progressão Penitenciária II (CPPII) de Bauru
 que havia sido beneficiado pela saída temporária de Páscoa – a
 chamada saidinha – foi preso em flagrante acusado do crime. 
Ele estava com a tornozeleira de monitoramento rompida.

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