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quarta-feira, 31 de julho de 2013

A necessidade do porte de arma fora de serviço

A necessidade do porte de arma fora de serviço

DIÁRIO DA MANHÃ
LUCIANO T. SPICACCI
A profissão de Agente Penitenciário foi classificada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a segunda mais estressante em aspectos de periculosidade. Entretanto, o encargo laboral não se limita “in loco”, infelizmente, os riscos ultrapassam os muros das prisões. E mesmo assim, esses profissionais não têm o direito de portarem arma de fogo fora do serviço. 

Durante a jornada de trabalho os Agentes Penitenciários ficam 24 horas com os encarcerados e seria impossível reconhecer o rosto de todos os detentos quando estes ganham a tão esperada liberdade. E quando os agentes são reconhecidos fora do serviço por esses mesmos ex-detentos, na maioria das vezes, são mortos brutalmente. Isso ocorre porque os agentes são alvo fácil, uma vez que, as respectivas rotinas funcionais e pessoais são identificadas pelos bandidos, como por exemplo: onde moram, como se vestem, lugares frequentados, etc.
Diante do exposto surge uma indagação pertinente aos servidores penitenciários: andar armado fora de serviço para proteger a própria vida ou desarmado para morrer? Pois, a única instituição de Segurança Pública do Brasil que por andar armada teme tanto a Polícia quanto os bandidos, são as Agências Prisionais.
E com pesar que nossa Presidenta Dilma vetou o porte de arma dessa tão nobre categoria. Apoiada por alguns Organismos que se auto intitulam “Humanitários”, são fortemente contra os agentes portarem arma de fogo. Situação essa que seria totalmente irônica se não fosse trágica.
E a corroborar com essa vertente referência, surge outro questionamento sobre as verdadeiras intenções desses “Organismos Humanitários” por que lutam para desarmar os cidadãos de bem e os Agentes Penitenciários e por outro lado, não lutam para fazer o mesmo com os bandidos? Que, diga-se de passagem, continuamarmados e perigosos.
Suprir essas lacunas na lei é requisito para que ocorra o processo de evolução estrutural, não apenas para os internos que cumprem pena, mas também para os Agente Penitenciários. Através dessa correção, a categoria de fato, valorizada como classe.
Assim, o porte de arma fora do serviço é uma necessidade vital para todos Agentes Penitenciários do Brasil. E não uma questão de vaidade, pois nesse contexto a arma é uma ferramenta de trabalho que hora ou outra precisará ser usada. Sendo que a mesma arma que pode tirar a vida é a mesma que defende a vida e a liberdade de todos os cidadãos.
(Luciano T. Spicacci, agente de Segurança prisional, escritor e professor. E-mail: luts2009@hotmail.com)

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