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sábado, 6 de julho de 2013

Caminhão que transportava detentos quebra em avenida de Rio Preto, SP

Caminhão que transportava detentos quebra em avenida de Rio Preto, SP

Caminhão transportava presos da Operação Gravata para o CDP.
Gasto com escolta de presos por policiais é, em média, de R$ 70 mil o dia.

Do G1 Rio Preto e Araçatuba
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Um dos caminhões de transporte de presos que levava de volta ao presídio os réus da “Operação Gravata” teve um problema mecânico no meio da Avenida Alberto Andaló, uma das principais de São José do Rio Preto (SP), no início da noite desta sexta-feira (5).
Para conseguir terminar o percurso, os detentos foram transferidos, ali mesmo, para carros pequenos da polícia, para que o comboio seguisse para o CDP, Centro de Detenção Provisória.  Não houve registro de tumulto.

E terminou nesta sexta a primeira rodada das audiências do julgamento da operação, que tenta condenar mais de 40 pessoas por crimes ligados ao tráfico de drogas. Durante quatro dias, 35 presos considerados perigosos foram deslocados para o centro de Rio Preto, o que exige um esquema bem montado de segurança. O problema é que esse trabalho sai caro para a Justiça.
Com motos, carros e a pé os policiais reforçam a segurança durante a escolta. Do alto o helicóptero Águia acompanha todo o deslocamento. Uma cena comum em filmes de ação e que mudou a rotina de quem passou pelo centro de Rio Preto nesta semana.
Todo o esquema foi necessário para que os 35 presos participassem das audiências da Operação Gravata. “O esquema montado é devido à complexidade e a periculosidade das pessoas que estão sendo julgadas”, afirma o capitão da Polícia Militar Paulo Sérgio Martins.
Mas todo o investimento empregado nesta ação especial gera polêmica. Tanto a Secretaria de Segurança Pública quanto a Secretaria da Administração Penitenciária não divulgaram os gastos com o transportes dos presos e dos veículos usados pela polícia, mas se contabilizar as despesas com alguns itens dessas audiências os valores obtidos surpreendem.
O custo de um agente federal para escolta de presos, por exemplo, é de R$ 200 reais, segundo a própria polícia. Sem contar alimentação e hospedagem para policiais que vem de outras cidades. Em média, só o helicóptero Águia gasta R$ 1,5 mil a cada 20 minutos de voo.
A alimentação dos 35 réus  e dos 80 policiais envolvidos no trabalho fica em aproximadamente R$ 1,4 mil. No total, cada dia de audiência não sai por menos de R$ 70 mil. Além dos gastos, o deslocamento dos policiais também é outra preocupação. O comando da Polícia Militar nega que o patrulhamento da cidade fique comprometido com o serviço de escolta. “Não há prejuízo de patrulhamento. O policias que atendem o 190 estão trabalhando normalmente. Esses que fazem a escolta são da parte administrativa”, diz o capitão.
Na opinião do conselheiro estadual da OAB em Rio Preto Odinei Bianchini existem outras possibilidades que diminuiriam os custos. Entre elas, a videoconferência ou a realização das audiências na sede do CDP em sala especial. “Para lá iriam o juiz, os promotores, os escreventes e as pessoas que iriam testemunhar para atuar na audiência. Mesmo tendo esse desconforto de pessoas não presas irem para a cadeia, seria mais barato”, afirma.
O Tribunal de Justiça não se pronunciou sobre o assunto e a sala especial do CDP de Rio Preto não foi usada nenhuma vez neste ano.
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Escolta feita por policiais para caminhão com detentos em Rio Preto (Foto: Reprodução / TV Tem)Escolta feita por policiais para caminhão com detentos em Rio Preto (Foto: Reprodução / TV Tem)

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