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quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SP vai gastar R$ 1,3 milhão com bloqueadores de celular em presídios

SP vai gastar R$ 1,3 milhão com bloqueadores de celular em presídios

Penitenciária na qual está parte da cúpula do PCC, deve receber o equipamento em janeiro
Alvaro Magalhães, do R7
 A instalação de bloqueadores de celular em 23 unidades prisionais de São Paulo vai custar, ao menos, R$ 1.294.000 ao Estado. Esse foi o valor mais baixo oferecido no leilão para contratar o serviço, ocorrido na semana passada.
A Penitenciária 2 de Presidente Venceslau – onde estão alguns dos detentos apontados como líderes do PCC – será a primeira a receber o aparelho. O equipamento terá de estar funcionando em, no máximo, um mês após a assinatura do convênio.

A SAP (Secretaria de Estado da Administração Penitenciária) espera que o contrato seja firmado no início do mês que vem. Com isso, o bloqueador de Venceslau começaria a operar em janeiro. Por enquanto, a pasta analisa os recursos das empresas que ofereceram preços mais altos que os R$ 1.294.000 no leilão.
Caso os recursos sejam negados, o contrato ficará com a Neger Tecnologia e Sistema, uma das companhias que participaram da série de testes feitos pela secretaria no início do ano para verificar a viabilidade do bloqueio.
Aparelhos defasados
Nos anos 2000, a SAP chegou a instalar bloqueadores em presídios. A abertura de novas bandas de telefonia, porém, deixou o sistema defasado. Com o tempo, os equipamentos tornaram-se praticamente inúteis.
Recentemente, investigação do Ministério Público apontou que a cúpula do PCC controla atividades criminosas dentro e fora das cadeias por meio de celulares. Os criminosos chegaram a planejar o assassinato do governador Geraldo Alckmin.
Agora, para evitar que o sistema se torne novamente obsoleto, a pasta decidiu contratar o serviço de bloqueio, em vez de comprar o bloqueador. Assim, a empresa responsável terá de se adaptar às mudanças, atualizando os equipamentos. O contrato vale por 30 meses.
RDD
De acordo com o cronograma da pasta, dois meses após a instalação em Venceslau, será vez de o Centro de Readaptação Penitenciária de Presidente Bernardes receber os aparelhos.
O presídio possuiu o sistema disciplinar mais rígido de São Paulo e é também considerado o mais seguro do Estado. É para lá que, há um mês, o Ministério Público queria mandar os líderes do PCC. Parte dos chefes da facção foram transferidos na semana passada - entre eles Wanderson de Paula Lima, o Andinho. 
Capital
Três presídios da capital também devem receber bloqueadores: Centro de Detenção Provisória 2 do Belém, Centro de Detenção Provisória 4 de Pinheiros e Penitenciária Feminina de Sant’Ana. Os locais, porém, serão os últimos a receber os equipamentos, que só devem começar a funcionar em setembro.  
Questionada sobre o processo de contratação da empresa que fará o bloqueio nos presídios, a SAP afirmou que "o processo encontra-se no período de análise de recursos". "O resultado será divulgado tão logo esse processo seja concluído", disse a pasta, em nota. 

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