PF vai monitorar presídios das 12 cidades-sede da Copa
BERNARDO MELLO FRANCO
EDITOR INTERINO DO "PAINEL"
EDITOR INTERINO DO "PAINEL"
Imagina na Copa A Polícia Federal foi acionada para monitorar a situação dos presídios nas 12 cidades que receberão jogos da Copa. Depois das cenas de barbárie no Maranhão, o Planalto passou a ter pesadelos com a possibilidade de rebeliões perto dos estádios. A ordem é reduzir os riscos de novo desgaste à imagem do país quando toda a imprensa mundial estiver aqui. No governo Dilma, já houve motins em presídios de cinco Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Alagoas, Santa Catarina e Paraná.
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Além das 12 O governo também está preocupado com a segurança das seleções que se hospedarão fora das capitais onde acontecem os jogos. Só no interior e no litoral de São Paulo, por exemplo, ficarão 12 delegações.
Rédea curta Em contagem regressiva para a Copa, Dilma Rousseff decidiu se reunir a cada 15 dias com todos os ministros envolvidos na organização dos jogos.
Tô nem aí Alvo de críticas do mercado, o ministro Guido Mantega (Fazenda) estará de ferias durante o Fórum Econômico Mundial, no fim do mês. Dilma vai a Davos com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Alforria Petistas querem que a presidente libere Alexandre Padilha (Saúde) para a campanha assim que chegar da Suíça. No cargo, o ministro só tem os fins de semana para tocar sua candidatura ao governo paulista.
O argentino O publicitário Diego Brandy, espécie de guru de Eduardo Campos (PSB), já teve as primeiras conversas com a equipe de Marina Silva. Segundo aliados do pernambucano, ele deve comandar a comunicação da campanha.
Ele é o cara O alckmista Márcio França (PSB-SP) criou mais um atrito com a Rede. No fim de 2013, seu gabinete distribuiu informativo que atribuía a Marina um depoimento cheio de elogios ao deputado. "Foi o Márcio França que me trouxe para o PSB", dizia a ex-senadora no texto.
Só que não Ao lado da frase, o jornalzinho trazia uma foto de Marina, sorridente. O problema é que ela nunca disse nada daquilo. França reconheceu o erro pelo Facebook, mas os sonháticos ainda estão irritadíssimos.
Lagosta A família Sarney comemorou o Ano-Novo com uma grande festa na residência oficial de veraneio do governo do Maranhão. A casa é a mesma que receberia encomenda de 80 kg de lagosta fresca às custas do Estado.
Champanhe Além de reunir o clã, Roseana Sarney (PMDB) convidou empresários e socialites para brindar o Réveillon. Entre eles, Luiz Carlos Cantanhede, cuja empresa recebeu R$ 7,6 milhões em 2013 para ajudar a gerir os presídios maranhenses.
Discurso Perto da meia-noite, o patriarca José Sarney (PMDB-AP) fez a saudação de Ano-Novo. Segundo o jornal da família, o senador "leu trechos da Bíblia e fez prece por dias melhores para o Maranhão, para o Brasil e para toda a Humanidade."
Filósofo De acordo com a coluna social do jornal "O Estado do Maranhão", as palavras do ex-presidente tiveram "a força das lições que ficam e que se vão, sopradas pelos ventos constantes, mas que devem nos fazer refletir."
De uma vez Prestes a mexer na equipe, Geraldo Alckmin (PSDB) avalia uma sugestão inusitada: exonerar todos os secretários e renomear, em seguida, os que devem ficar até o fim do ano.
Tem lógica? A ideia, explica um aliado, é poupar o governador de constrangimento ao se livrar de secretários que não deram certo. Alckmin ficou de pensar.
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TIROTEIO
"Com tanto partido interessado, tem gente sugerindo trocar o nome do ministério para Desintegração Nacional. Da base, é claro!"
Do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), sobre a disputa entre PMDB e PP para assumir o Ministério da Integração Nacional após a reforma de Dilma.
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CONTRAPONTO
O ex-presidente Lula chegou animado à sessão solene em homenagem aos 25 anos da Constituição, em setembro passado. Na hora de discursar, perguntou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), qual das duas tribunas era usada pelos políticos de situação.
— Eu estava preocupado e perguntei ao Renan qual era a tribuna da oposição e qual era a da situação – contou o presidente, ao iniciar sua fala.
— Ele me disse que esta aqui era a da situação. E eu respondi: "Então é dessa que vou falar, para a imprensa não me confundir!" – arrematou.
Com ANDRÉIA SADI e BRUNO BOSHOSSIAN
Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.
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