CSPB participa de cerimônia de ressurgimento da Frente Parlamentar da Segurança Pública
Ontem, 17:11:31 por Valmir Ribeiro edição de Grace Maciel
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB, participou, nesta quarta-feira (25), do ato público que relançou a Frente Parlamentar da Segurança Pública. A cerimônia foi realizada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, e reuniu parlamentares, servidores públicos e sindicalistas. O novo colegiado já tem a adesão de mais de 200 deputados de diferentes partidos políticos. Segundo seus integrantes, a expectativa é que possa aumentar no decorrer deste exercício parlamentar.
Para o diretor de Segurança Pública e Justiça Social da CSPB, Fernando Anunciação, a expectativa é grande em torno do novo colegiado desta Frente. Segundo o sindicalista, a maioria das lideranças políticas que compõem o colegiado são trabalhadores da área de segurança pública. “Essa é uma das principais razões para estarmos confiantes de que, nessa legislação, com o apoio das entidades sindicais, muita coisa pode avançar a respeito de segurança pública no nosso país”, disse. Anunciação acredita que o maior desafio do conjunto de trabalhadores em segurança pública, é garantir melhores condições de trabalho. “É inadmissível essa carência de servidores em relação às atuais demandas da sociedade.
Os trabalhadores da segurança pública estão sendo cassados na rua. É necessário que o governo contrate mais profissionais por meio de concursos públicos; que ele amplie os investimentos em cursos de aprimoramento profissional, e que o estado brasileiro assuma a responsabilidade de garantir equipamentos e infraestrutura que possibilitem a boa execução da atividade policial”, concluiu.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal – Sindipol/DF, Flávio Werneck, também participou da solenidade. Para ele, a estrutura da Segurança Pública no Brasil é arcaica e está na contramão das melhores práticas adotadas por países onde a segurança do cidadão é referência. “Hoje, pra condenar uma pessoa, você passa por uma verdadeira via-crúcis. Pelos mecanismos atuais, um assassino tem 92% de chances de não ser punido pelo crime que cometeu. No Brasil só se punem 8% dos assassinatos cometidos. Isso vai gerando uma sensação de impunidade onde o criminoso se sente livre nas ruas de nossas cidades, ao passo que o cidadão e os trabalhadores da segurança pública ficam cada dia mais acuados. Os operadores e gestores do sistema já estão cansados e elaborar propostas para a modernização da Segurança Pública brasileira e não obter a regulamentação das mesmas. Precisamos reinventar essa estrutura se quisermos escapar dessa guerra civil não declarada que mata mais de 50.000 brasileiros todos os anos”, argumentou. Werneck defende algumas medidas emergenciais para a modernização da segurança pública brasileira, entre elas: desvinculação das forças armadas das forças de segurança púbica; desenvolvimento de uma metodologia investigativa moderna, adaptada às necessidades contemporâneas; ciclo completo de polícia, com o policial iniciando a investigação e concluindo a mesma sem atravessadores; celeridade nos julgamentos criminais; ingresso único nas carreiras policiais, com objetivo de disponibilizar os cargos de chefia aos profissionais mais experientes no exercício da atividade policial. “Precisamos trazer a segurança pública para o século XXI. Nós estamos estagnados com políticas públicas arcaicas e ineficientes, cujo resultado segue padrões inaceitáveis para um país de dimensões geográficas, políticas e econômicas como o nosso”, ressaltou. Integrante da Frente Parlamentar, o deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), considera que a principal missão do novo colegiado é defender a vida do cidadão brasileiro. “Essa Frente toma uma nova direção e muitas coisas acontecerão em favor daqueles que são cidadãos de bem. É preciso mudar a cultura de que o brasileiro é um povo pacífico. A diferença do que ocorre aqui, para os acontecimentos midiáticos praticados no Estado Islâmico, é que eles buscam glamorisar as práticas criminosas através de filmagens compartilhadas na web. Na região norte do nosso país, recentemente, crianças foram assassinadas a foiçadas. No entanto, a não divulgação dessa barbárie no momento em que ela ocorre, não significa que esse crime seja tão ou mais impactante quanto aos praticados por esses fanáticos religiosos. O governo brasileiro tem os instrumentos para estabelecer uma cultura de paz, só não usa”, alertou o deputado. Outro integrante do colegiado, o deputado federal Major Olímpio (PDT-SP), afirmou que carência de uma legislação moderna em termos de segurança, é um dos grandes entraves que impedem o desenvolvimento de um modelo mais eficiente para o país. “O resultado dessa ineficiência de nossas políticas públicas, pode ser medido pela morte de quase 60.000 cidadãos brasileiros que são assassinados por ano. Não há guerra, ou conflito de revolução interna hoje que produza 60 mil vítimas por ano. Somente no ano passado, 490 policiais foram mortos no nosso país. Se somarmos outros profissionais de segurança, esse número vai para além de 600. Nós precisamos dar respostas à sociedade. É necessário aproveitarmos a experiência de profissionais diretamente engajados com o tema, para construirmos políticas públicas mais eficientes na área de segurança pública”, concluiu. Secom/CSPB - See more at: http://www.cspb.org.br/fullnews.php?id=16262_cspb-participa-de-cerim-nia-de-ressurgimento-da-frente-parlamentar-da-seguran-a-p-blica-2.html#sthash.NnRd2FqZ.dpuf
Ontem, 17:11:31 por Valmir Ribeiro edição de Grace Maciel
A Confederação dos Servidores Públicos do Brasil – CSPB, participou, nesta quarta-feira (25), do ato público que relançou a Frente Parlamentar da Segurança Pública. A cerimônia foi realizada no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, e reuniu parlamentares, servidores públicos e sindicalistas. O novo colegiado já tem a adesão de mais de 200 deputados de diferentes partidos políticos. Segundo seus integrantes, a expectativa é que possa aumentar no decorrer deste exercício parlamentar.
Para o diretor de Segurança Pública e Justiça Social da CSPB, Fernando Anunciação, a expectativa é grande em torno do novo colegiado desta Frente. Segundo o sindicalista, a maioria das lideranças políticas que compõem o colegiado são trabalhadores da área de segurança pública. “Essa é uma das principais razões para estarmos confiantes de que, nessa legislação, com o apoio das entidades sindicais, muita coisa pode avançar a respeito de segurança pública no nosso país”, disse. Anunciação acredita que o maior desafio do conjunto de trabalhadores em segurança pública, é garantir melhores condições de trabalho. “É inadmissível essa carência de servidores em relação às atuais demandas da sociedade.
Os trabalhadores da segurança pública estão sendo cassados na rua. É necessário que o governo contrate mais profissionais por meio de concursos públicos; que ele amplie os investimentos em cursos de aprimoramento profissional, e que o estado brasileiro assuma a responsabilidade de garantir equipamentos e infraestrutura que possibilitem a boa execução da atividade policial”, concluiu.
O presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal – Sindipol/DF, Flávio Werneck, também participou da solenidade. Para ele, a estrutura da Segurança Pública no Brasil é arcaica e está na contramão das melhores práticas adotadas por países onde a segurança do cidadão é referência. “Hoje, pra condenar uma pessoa, você passa por uma verdadeira via-crúcis. Pelos mecanismos atuais, um assassino tem 92% de chances de não ser punido pelo crime que cometeu. No Brasil só se punem 8% dos assassinatos cometidos. Isso vai gerando uma sensação de impunidade onde o criminoso se sente livre nas ruas de nossas cidades, ao passo que o cidadão e os trabalhadores da segurança pública ficam cada dia mais acuados. Os operadores e gestores do sistema já estão cansados e elaborar propostas para a modernização da Segurança Pública brasileira e não obter a regulamentação das mesmas. Precisamos reinventar essa estrutura se quisermos escapar dessa guerra civil não declarada que mata mais de 50.000 brasileiros todos os anos”, argumentou. Werneck defende algumas medidas emergenciais para a modernização da segurança pública brasileira, entre elas: desvinculação das forças armadas das forças de segurança púbica; desenvolvimento de uma metodologia investigativa moderna, adaptada às necessidades contemporâneas; ciclo completo de polícia, com o policial iniciando a investigação e concluindo a mesma sem atravessadores; celeridade nos julgamentos criminais; ingresso único nas carreiras policiais, com objetivo de disponibilizar os cargos de chefia aos profissionais mais experientes no exercício da atividade policial. “Precisamos trazer a segurança pública para o século XXI. Nós estamos estagnados com políticas públicas arcaicas e ineficientes, cujo resultado segue padrões inaceitáveis para um país de dimensões geográficas, políticas e econômicas como o nosso”, ressaltou. Integrante da Frente Parlamentar, o deputado federal Lincoln Portela (PR-MG), considera que a principal missão do novo colegiado é defender a vida do cidadão brasileiro. “Essa Frente toma uma nova direção e muitas coisas acontecerão em favor daqueles que são cidadãos de bem. É preciso mudar a cultura de que o brasileiro é um povo pacífico. A diferença do que ocorre aqui, para os acontecimentos midiáticos praticados no Estado Islâmico, é que eles buscam glamorisar as práticas criminosas através de filmagens compartilhadas na web. Na região norte do nosso país, recentemente, crianças foram assassinadas a foiçadas. No entanto, a não divulgação dessa barbárie no momento em que ela ocorre, não significa que esse crime seja tão ou mais impactante quanto aos praticados por esses fanáticos religiosos. O governo brasileiro tem os instrumentos para estabelecer uma cultura de paz, só não usa”, alertou o deputado. Outro integrante do colegiado, o deputado federal Major Olímpio (PDT-SP), afirmou que carência de uma legislação moderna em termos de segurança, é um dos grandes entraves que impedem o desenvolvimento de um modelo mais eficiente para o país. “O resultado dessa ineficiência de nossas políticas públicas, pode ser medido pela morte de quase 60.000 cidadãos brasileiros que são assassinados por ano. Não há guerra, ou conflito de revolução interna hoje que produza 60 mil vítimas por ano. Somente no ano passado, 490 policiais foram mortos no nosso país. Se somarmos outros profissionais de segurança, esse número vai para além de 600. Nós precisamos dar respostas à sociedade. É necessário aproveitarmos a experiência de profissionais diretamente engajados com o tema, para construirmos políticas públicas mais eficientes na área de segurança pública”, concluiu. Secom/CSPB - See more at: http://www.cspb.org.br/fullnews.php?id=16262_cspb-participa-de-cerim-nia-de-ressurgimento-da-frente-parlamentar-da-seguran-a-p-blica-2.html#sthash.NnRd2FqZ.dpuf
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