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sábado, 29 de junho de 2013

Ao mandar nas cadeias paulistas, PCC garante “paz” ao governo Alckmin

Ao mandar nas cadeias paulistas, PCC garante “paz” ao governo Alckmin

publicado em 28 de junho de 2013 às 23:05

por Gustavo Costa
Camila Caldeira Nunes Dias é autora do livro PCC, Hegemonia nas Prisões
 e Monopólio da Violência (Editora Saraiva), recém-lançado.
Ela se refere ao Primeiro Comando da Capital, que nasceu como organização
 dos presos há 20 anos, na Casa de Custódia de Taubaté, no interior de São Paulo.
Socióloga, Camila é pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da
Universidade de São Paulo e professora da Universidade Federal do ABC.
Passou quatro anos e meio pesquisando nas prisões de São Paulo. Entrevistou
 30 lideranças do crime organizado.


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 no Maranhão]
Concluiu que um acordo tácito entre a organização criminosa e o governo
paulista do PSDB garante que, ao mesmo tempo, as vagas do Regime
 Disciplinar Diferenciado (RDD) fiquem desocupadas em troca de paz nas cadeias.
O monopólio do PCC também assegura uma redução nas taxas de criminalidade
 na periferia de São Paulo, uma vez que reduz a possibilidade de confrontos
entre distintas facções criminosas.
Portanto, na tese da pesquisadora, é uma paz dos cemitérios: a periferia sofre
 com a truculência policial como nos tempos da ditadura militar, enquanto o
PCC garante a tranquilidade nos presídios.

A facção diz representar os presos contra a opressão do Estado, mas na
verdade garante privilégios a um grupo reduzido: lideranças que
 usufruem de vantagens no sistema penitenciário.
Segundo ela, o suposto acordo entre o PCC e o governo paulista foi
fechado em 2006, depois da grande rebelião que paralisou São Paulo.
Clique em cada um dos seis links abaixo para ouvir uma radiografia
da relação entre o PCC e o governo paulista:












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