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sexta-feira, 19 de julho de 2013

Agentes flagram um celular a cada hora

Agentes flagram um celular a cada hora
Volume de apreensões leva autoridades penitenciárias a investir em tecnologia de bloqueio do sinal
ALVARO MAGALHÃES
alvarom@diariosp.com.br
http://www.redebomdia.com.br/noticia/detalhe/54042/Agentes+flagram+um+celular+a+cada+hora+


Unidade prisional que abriga detentos apontados como líderes do PCC,
a Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, chamada de “Laos” pelos presos,
 foi palco da apreensão de 21 aparelhos celulares neste ano. O presídio não
é exceção: em todo o sistema penitenciário paulista, um telefone é encontrado
 por hora. “Laos”, porém, deve ser a primeira prisão a receber a nova leva de
bloqueadores de celular.


Dali, Wanderson de Paula Lima, o Andinho, comandava pelo telefone, segundo
 o Ministério Público, traficantes  que pagavam mesada a policiais do Denarc —
 um aparelho foi encontrado na cela dele em maio. Para calar os detentos, a
SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) vem realizando testes de
bloqueadores desde o início do ano. A fase de ajustes termina no próximo
dia 30. Com isso, a pasta prevê lançar o edital no mês que vem.

serviço/ O modelo de contratação deve ser diferente do adotado no início da
década passada. Na época, a secretaria adquiriu aparelhos que bloqueavam as
 frequências utilizadas por duas operadoras. Com a abertura de novas bandas,
o sistema ficou defasado. Os presos trocaram de operadora e continuaram falando.

Agora, a SAP deve contratar o serviço de bloqueio, em vez de comprar
o aparelho. Com isso, as empresas que vencerem a licitação ficarão
responsáveis por se adaptar à abertura de novas frequências e a
instalação de novas antenas. Na avaliação da secretaria, o modelo
também facilitará a manutenção.

Polêmica/ O uso de bloqueadores em presídios, porém, não é
unanimidade. Alguns policiais afirmam que as escutas telefônicas
são importantes para rastrear as ações do PCC. Em novembro,
o governador Geraldo Alckmin chegou a defender o monitoramento
 telefônico dos detentos. Na ocasião, os testes não haviam
começado — e não havia certeza da eficiência dos bloqueadores.

Em 2007, uma comissão  do Ministério da Justiça apontou que era
necessário também investimento em meios para evitar a entrada dos
 telefones nas prisões. A SAP havia começado a instalar  aparelhos
 de raios-X nas unidades — o que, segundo agentes, reduziu o
número de telefones escondidos nas comidas levadas aos detentos,
 por exemplo, mas estimulou a criatividade dos criminosos:
neste ano, até um gato foi flagrado com celular.

Governo testa dois sistemas de bloqueadores na Grande São Paulo

Dois sistemas de bloqueio de celulares estão sendo testados pela
SAP (Secretaria da Administração Penitenciária). Um deles, mais
tradicional, provoca ruído na frequência usada pelas operadoras e
 impede as ligações. O outro funciona como antenas concorrentes
às das empresas e faz com que os celulares dos detentos não
alcancem as verdadeira transmissoras.

De acordo com a pasta, os sistemas ainda precisam de ajustes.
Agentes da Anatel têm acompanhado os testes — a agência preferiu
não se manifestar sobre a operação.

Iniciada em janeiro, com previsão de três meses, a experiência foi
 prorrogada em abril por igual período.   Os locais de testes — todos
 unidades da região metropolitana — foram escolhidos pela dificuldade:
 o bloqueador não pode afetar a comunicação aérea nem pessoas que
 passam no entorno do presídio.

Com exceção da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, a SAP faz
sigilo sobre as unidades que devem receber os bloqueadores. Segundo
 a pasta, porém, serão locais que mantêm presos de alta periculosidade
 ou integrantes de facções.

otimismo/  O custo do projeto será definido durante a concorrência.
Os testes não têm custo. Diretores das empresas que participam da
experiência se dizem otimistas. “Os resultados são positivos”, diz
Eduardo Neger, da Neger Telecom, que trabalha com o sistema de
 ruídos. Antônio Ribeiro, da Innovatech, que usa o outro sistema, tem
a mesma opinião. “Nós temos a tecnologia desenvolvida. Agora, basta
adaptá-la a cada unidade.

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