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sábado, 6 de julho de 2013

Denúncia acusa guardas de tortura na penitenciária de Ribeirão Preto


Denúncia acusa guardas de tortura na penitenciária de Ribeirão Preto

Um homem teria sofrido agressão física e psicológica por uma hora

04/07/2013 - 23:29
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F.L Piton / A Cidade
Vítima teria levado celulares ao presídio (Foto: F.L. Piton)
O entregador de uma empresa de embalagens teria sido espancado
 por quase uma hora por agentes da penitenciária de Ribeirão Preto,
 segundo denúncia de um funcionário que discordou da atitude dos colegas.
O caso ocorreu na terça-feira (2), depois que dois celulares que
estavam camuflados em uma caixa de madeira, foram descobertos
no veículo que o homem dirigia.

Ele tinha ido à penitenciária para entregar embalagens para os presos
confeccionarem sacolas e caixas de papelão.
Segundo informações do funcionário que denunciou o alegado
espancamento, o diretor do plantão teria sido chamado e desceu
ao local com outros agentes. Nessa ocasião, o rapaz teria sido
levado para uma sala vazia, onde foi rodeado por três servidores
 da unidade prisional, que teriam se revezado em uma sessão de
 tapas e interrogatório feito aos gritos.
A reportagem apurou que o agente que conduziu o suposto
 espancamento queria saber do entregador se algum funcionário
 da penitenciária de Ribeirão estaria envolvido no envio dos celulares aos presos.
No entanto, o entregador teria afirmado que tinha feito apenas
 uma “besteira”, porque teria sido ameaçado por detentos. Ele
 teria contado que, na oficina do presídio, um sentenciado chegou
 perto dele e determinou que trouxesse os celulares, caso contrário
 ele e a família corriam risco de morte.
Em outro momento, fora da penitenciária, ele também teria sido
 procurado por um ex-detento que determinou que entregasse os
 aparelhos para os prisioneiros que trabalham na oficina.
Depois da surra, o motorista do veículo foi levado para a Central
de Flagrantes, onde foi elaborado um Termo Circunstanciado.
O caso foi registrado no dia 2 de julho às 18h. No entanto, a descoberta
 dos celulares aconteceu no mesmo dia durante a tarde, por volta das 15h30.
O funcionário da empresa de embalagens não teve o nome divulgado.
 Ele prestou depoimento e foi liberado. Ele garantiu que não recebeu
dinheiro para fazer a entrega dos aparelhos.
A Secretaria da Administração Penitenciária informou por nota que
 foi aberto Procedimento Apuratório Preliminar, para averiguar os fatos.
Rapaz levava celulares para presos
O rapaz que dirigia o veículo onde foram encontrados os celulares
 trabalha em uma empresa que usa mão de obra carcerária para
fazer sacolas e embalagens de papel. Elas são feitas em oficinas que
 não possuem câmeras de segurança.
Segundo guardas penitenciários, as câmeras deveriam ser instaladas
 nestes locais por serem áreas estratégicas. “Na quadra e no pátio
 também não existem câmeras e, por isto, podem passar coisas
que os agentes não detectam pela falta de um esquema de segurança
adequado”, diz um funcionário que pediu para não ser identificado.

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