Mesmo sob suposta ameaça de prisão, servidores do sistema penitenciário mantêm greve

29/07/2013 - 08:32

Mesmo sob suposta ameaça de prisão, servidores do sistema penitenciário mantêm greve

Da Redação - Laura Petraglia

Foto: Priscilla Silva /Olhar Direto

O presidente do Sindicato dos servidores penitenciários do Estado de Mato Grosso (SINDSPEN-MT), João Batista, afirma que a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos tem feito "terrorismo" com servidores em greve desde sexta-feira (26). 

Em nota enviada à imprensa o sindicato afirmou ter informações sobre mandados de prisão que teriam sido emitidos pela Justiça a pedido do governador, Silval Barbosa, para prender os lideres do movimento grevista. Para João Batista, todo o movimento grevista tem sido realizado dentro da legalidade.

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“Todos os servidores públicos tem direito a greve e nós sempre tomamos o maior cuidado de fazer nossas mobilizações dentro daquilo que é legal, dentro do nosso direito, para isso, temos uma boa assessoria jurídica que nos acompanha em todos os movimentos e que nos orienta em todos os sentidos, agora, quem devia estar sendo punido por não cumprir o que determina a justiça é o Estado, que firmou conosco um compromisso junto ao Tribunal de Justiça e não cumpriu dentro do prazo determinado. Nós estamos tranquilos diante dessas informações, pois sabemos que estamos dentro do nosso direito”, declarou Batista, que informou ainda, que a greve continua firme por tempo indeterminado no Estado.

Nesta segunda-feira (29) continua mantida a assembleia dos servidores, marcada para às 16h com o intuito que decidam os próximos passos a serem tomados. Na sexta-feira o desembargador Rondon Bassil proferiu decisão em que obriga a classe manter 70% do efetivo trabalhando.

O presidente explica ainda que a categoria decidiu acatar inicialmente a ordem judicial neste domingo, mas a assessoria jurídica do Sindspen vai recorrer da decisão espera conseguir derrubar a liminar.

Na manhã de sábado (27) familiares dos presos do Carumbé, iniciaram tumulto em frente à unidade prisional por não estarem conseguindo realizar visitas aos reeducandos.