Estado irá construir dois presídios na região noroeste paulista neste ano
Construção de novos presídios divide opinião de moradores.
Novos CDP's serão em Nova Independência e em Lavínia.
Dois novos presídios vão ser construídos na região de Araçatuba (SP). As obras devem começar ainda neste ano e foram anunciadas pelo governo do estado. Elas fazem parte de um total de nove centros de detenção provisória para presos que ainda não foram condenados.
A construção do Centro de Detenção Provisória deve mudar a rotina de Nova Independência (SP), de apenas três mil habitantes. Para os moradores, a sensação é de insegurança. “Eu prefiro que não tenha o presídio, que fosse mantido o sossego que é a cidade”, afirma a vendedora Greiciele Pinheiro.
A unidade será construída na Rodovia Rodrigues de Oliveira Figueiredo, que liga Tupi Paulista (SP) a Andradina (SP). O terreno de cerca de oito hectares foi desapropriado pelo estado. Segundo a prefeitura, a ideia de trazer uma unidade prisional para a cidade foi de uma administração anterior. A preocupação agora é ampliar a infraestrutura do município para receber as famílias que costumam acompanhar os detentos. “A gente precisa se preparar para dar um atendimento para toda essa demanda, existe os prós e os contras de uma penitenciária na cidade”, afirma a prefeita Neusa Joanini.
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Cada unidade vai comportar mais de 800 presos provisórios que aguardam o julgamento. Se para Nova Independência a ideia causa desconfiança, para cidades que já se habituaram com essa realidade, a vinda da população carcerária tem, sim, alguns pontos positivos.
Lavínia (SP), com cerca de 10 mil habitantes, tem três penitenciárias e vai ganhar a quarta unidade prisional. A notícia foi recebida com tranquilidade pela população, já que boa parte da economia da cidade gira em torno dos presídios. “Antes do presídio, o comércio estava praticamente falido, as casas desvalorizadas e hoje com a construção do presídio o comércio ganhou um ânimo maior”, diz o prefeito de Lavínia, Mário Horoshi.
O Centro de Detenção Provisória será construído em uma área de 13 hectares ao lado das penitenciárias. Eduardo Feliciano conta que a família trabalhou na construção das outras unidades e hoje vive da renda de um estacionamento próximo aos presídios. No ano que vem ele pretende expandir os negócios. “Vamos fazer uma pousada e um restaurante para as pessoas que vierem trabalhar e visitar os detentos”, afirma Eduardo. A Secretaria de Administração Penitenciária diz que o local das unidades só é definido depois de várias consultas com as prefeituras.
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