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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Um em cada três presídios pauistas tem superlotação igual ao Carandiru

Um em cada três presídios pauistas tem superlotação igual ao Carandiru

Dos 77 presídios paulistas, 28 têm mais que o dobro de presos que a capacidade que comportam, conforme apontou reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada no início de abril.
A situação merece especial atenção neste momento em que há o julgamento do Massacre do Carandiru, ocorrido em outubro de 1992, tendo em vista que à época a extinta unidade prisional, com capacidade para 3,5 mil presos, abrigava 7.257 detentos, ou seja, duas vezes mais do que poderia comportar. 
Atualmente, em quatro presídios paulistas, a superlotação é bem maior que o dobro da capacidade. Na unidade Hortolândia III, no interior paulista, por exemplo, há 500 vagas, mas estão presas 1.650 pessoas.

No ano do Massacre do Carandiru, o Estado de São Paulo tinha 32 unidades penitenciárias, com taxas de 94,4 presos por 100 mil habitantes. Hoje, a razão é de 481 presos por 100 mil habitantes, nas 156 unidades prisionais paulistas.
O jornal O Estado de S.Paulo ressalta que a superlotação do Carandiru é apontada como uma das causas do massacre de 1992. “As mortes ocorreram depois que dois presos iniciaram uma briga que rapidamente levou a uma rebelião. Policiais militares foram chamados para conter os rebelados e acabaram provocando o massacre”, consta em um dos trechos da reportagem.
Especialistas consultados pelo jornal consideraram que o sistema penitenciário paulista piorou nos últimos 20 anos, de tal modo que faltam funcionários para administrar a superlotação carcerária, o que permitiu que os presos passassem a fazer tal controle, ajudando a formar grupos organizados como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

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