ARMAS: tê-las ou não tê-las, eis a questão!Conheça o saldo do referendo sobre o comércio de armas e munições no País. O que dizem especialistas, os números da criminalidade e quais os atuais debates sobre o temaEdgar Melo
VIOLÊNCIA Alguns especialistas entrevistados nesta reportagem acreditam que a burocracia nos processos de legalização e as mais diversas ações para reduzir a quantidade de armas nas mãos dos cidadãos não foram capazes de reduzir os índices de violência no País. No entanto, a tese defendida por frentes desarmamentistas aposta na premissa de que, quanto menos armas, menos violência. Parte deste grupo é representada pelo Instituto Sou da Paz, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que está sediada em São Paulo e, há mais de dez anos, trabalha pela prevenção da violência no Brasil, procurando influenciar políticas públicas nesta área. Coordenadora de Sistemas de Justiça Criminal e Segurança Pública do Instituto Sou da Paz, a advogada e cientista social Carolina Ricardo destaca a importância de discutir o desarmamento de uma forma mais ampla. "O que buscamos é a implementação de uma política de controle de armas, da qual o desarmamento é apenas um dos pontos fundamentais. A política de controle de armas envolve diversos aspectos, tais como a correta regulação do porte e da posse das armas, da sua comercialização, da sua produção, o controle das fronteiras, a marcação das munições, a organização de um banco de dados que permite não só mais ferramentas para atuação dos órgãos de controle, mas também o fornecimento de estatísticas que permitam a elaboração de diagnósticos que orientem cada ação. E é de todos esses pontos que trata o Estatuto do Desarmamento, lei federal aprovada em dezembro de 2003, que traça as principais balizas dessa política de controle de armas", explica Carolina, que também é mestre em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A advogada observa que, desde a aprovação do Estatuto, foram realizadas algumas campanhas de recolhimento de armas, conhecidas como campanhas do desarmamento. Ainda que o esforço não tenha se repetido da mesma maneira, a primeira campanha de 2004 e 2005 revelou um importante esforço do governo Federal e retirou de circulação quase 500 mil armas de fogo. "Foi a partir da adoção do Estatuto do Desarmamento e da grande mobilização de campanha em 2004 e 2005 que o País teve a primeira experiência de redução de homicídios das duas últimas décadas", lembra. http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprudencia/85/artigo290574-1.asp PÁGINAS :: 1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | Próxima >> | ||||||||||||||||
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sexta-feira, 28 de junho de 2013
ARMAS: tê-las ou não tê-las, eis a questão!
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