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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Presa é jovem e ‘herda’ negócios de parceiro

Presa é jovem e ‘herda’ negócios de parceiro

As detentas da Cadeia Feminina de Itupeva são, na maioria, pegas em flagrante por tráfico de drogasALINE PAGNAN
aline.pagnan@bomdiajundiai.com.br

Mais de 60% das presas
da Cadeia Feminina de
Itupeva estão atrás das
 grades por tráfico de
 drogas. Com capacidade
 para 24 mulheres, a
unidade abriga atualmente
“só” 19. De acordo com o
delegado Elias Ribeiro
Evangelista Junior, a maioria tem entre 23 e 30 anos.

“Esse perfil é diferente
 do homem. A grande maioria dos presos fica na  faixa etária entre 18 e
25 anos. Já no caso das mulheres, a idade sobe um pouco mais”, explicou.


A maior parte dessas mulheres  não completou o segundo grau.
Das 19 detidas, oito são de Jundiaí,  com quatro de Campo Limpo
 Paulista, três de Várzea Paulista, duas de Itatiba e uma única de
 Itupeva, além de  outra de Atibaia.

“Essas mulheres normalmente ficam aqui na cadeia por cerca de cinco
 meses, até abrir a vaga delas em algum CDP (Centro de Detenção
 Provisória) feminino”, disse o delegado. Como há poucas unidades
desse tipo, conseguir a transferência acaba demorando mais quando
 comparado ao tempo de espera para a transferência dos  homens (metade disso).

O delgado avisa que  cadeia deverá ser desativada com a abertura
 de um presídio em Votorantim. “A unidade aqui passará a ser um Centro de Triagem
feminino, como já acontece em Jundiaí com a triagem dos  homens.”
Relação / O envolvimento delas no mundo do crime, normalmente, começa por
conta dos companheiros que atuam como infratores, é o que aponta o psiquiatra
Paulo Alencar.

Segundo ele, geralmente essas mulheres se envolvem com homens que já têm
 antecedentes criminais. E por submissão e dependência financeira,  acabam se
envolvendo com a criminalidade também.  “Cada caso é um caso, mas a tendência
 é de que mesmo depois de o homem ser preso, a mulher continue mantendo a
ligação com a facção a que ele pertencia. Nestes casos, ela mantém parte
dos ‘negócios’ do companheiro e assume seus compromissos, em especial
com o tráfico”, explicou.

O delegado conta que muitas foram detidas junto com os companheiros.
“Em alguns casos, elas acabam sendo cúmplices pelos crimes cometidos
 por eles”, afirmou.
MAIS
Sem visitasApesar de terem o direito de receber visitas, as detentas não
costumam ver parentes, muito menos companheiros. “São poucos os
que visitam suas esposas. Quando aparece alguém normalmente é mãe,
irmã ou filha”, contou o delegado. Para poder visitar as mulheres é preciso
 fazer um cadastro - se a pessoa tiver passagem pela polícia não poderá entrar.
Última tentativa de fugaA última vez que a Cadeia Feminina de Itupeva
 registrou um incidente foi em outubro de 2011, quando um buraco em uma
das celas foi descoberto pela equipe de carceragem. A fuga acabou sendo
frustrada.

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