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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Policiais são investigados por tiroteio em sindicato de motoristas

Policiais são investigados por tiroteio em sindicato de motoristas

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Homem fica ferido em briga no sindicato dos motoristas de ônibus de São Paulo; desentendimento ocorreu antes da eleiçãoDE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Um grupo de policiais civis e militares está sendo investigado por suspeita de participação no tiroteio que deixou dez pessoas feridas na noite de anteontem no sindicato dos motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo.
As corregedorias das duas polícias suspeitam que parte do grupo faria segurança privada para a diretoria do sindicato e teria atirado contra manifestantes da oposição.

A confusão começou pouco antes das urnas saírem para as garagens das empresas, onde ocorreria a votação.
A oposição diz que foi atacada. A situação afirma que houve tentativa de invasão.
Um dos feridos no confronto foi o cobrador Ricardo Alexandre da Silva, 29. Atingido no tórax por um tiro de raspão e por estilhaços de bombas caseiras, ele diz que viu disparos de dentro do prédio.
"A gente impedia a saída das urnas, quando eles começaram a jogar bombas caseiras e atirar. Eu vi uma pessoa armada atirando de cima do prédio. Senti um negócio [no tórax], andei cambaleando e caí na calçada", disse Silva.
Fabio Braga/Folhapress
Homem fica ferido em briga no sindicato dos motoristas de ônibus de São Paulo; desentendimento ocorreu antes da eleição
Ele e outros oito feridos já foram liberados; um continua na UTI, de acordo com a PM.
Segundo Silva, que apoia o candidato da oposição, José Valdevan dos Santos, o Noventa, as últimas eleições foram fraudadas para favorecer o atual presidente, Isao Hosogi, candidato à reeleição.
Hosogi é acusado pela oposição de receber R$ 355 mil mensais pagos por empresas de ônibus e planos de saúde.
Já a situação afirma que Noventa pertence ao crime organizado e usa uma cooperativa de transporte público para lavar dinheiro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital)
As votações foram adiadas por duas semanas e o sindicato disse que acionou a PM para garantir a segurança.
DISPAROS
Segundo peritos consultados pela Folha, ao menos 37 tiros foram disparados na frente do sindicato --foram encontradas 26 perfurações de balas no prédio da entidade. A Polícia Civil diz que os disparos foram feitos por revólver 38 e pistola ponto 40.
O coordenador de comunicação do sindicato, Nailton Souza, disse que nenhum guarda da instituição disparou. "Ninguém aqui estava armado. Por isso posso dizer que os tiros não partiram de nosso grupo", afirmou.
Souza afirma que a ameaça de invasão do sindicato por oposicionistas motivou o reforço na segurança do local com 200 vigilantes.
Segundo ele, o chefe dos seguranças é policial ferroviário e ao menos outros dois policiais fazem a proteção da diretoria. (AFONSO BENITES, ANDRÉ MONTEIRO E FELIPE SOUZA)

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