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domingo, 13 de outubro de 2013

Escutas da P2 de Venceslau mostram que facção pediu a morte de Alckmin

Escutas da P2 de Venceslau mostram que facção pediu a morte de Alckmin

Investigação iniciada em 2010 aponta que organização usa celular para negociar drogas e armas

Do iFronteira
  • Investigação do MP começou em março de 2010 e terminou neste ano (Foto: Reprodução)
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Investigação do Ministério Público de São Paulo, iniciada em março de 2010 e concluída neste ano, período em que promotores de Justiça reuniram diversos documentos e escutas telefônicas, comprova que uma facção que age dentro e fora dos presídios é comandanda da P2 de Presidente Venceslau. A organização, inclusive, de acordo com as gravações, decretou a morte do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Em um dos anexos da denúncia, três integrantes comentam que o “bagulho está feio”. Um deles fala que “depois que esse Governador entrou aí o bagulho ficou doido mesmo. Você sabe de tudo o que aconteceu, cara,na época que nois decretou ele (Governador), então, hoje em dia, Secretário de Segurança Pública, Secretário de Administração, Comandante dos vermes (PM0, estão todos contra nois”.
A facção, de acordo com o MP, controla 90% das unidades prisionais do Estado e tem como chefe principal Marco Willians Herbas Camacho (Marcola), no Oeste Paulista desde 2006. Em uma gravação, ele diz ser o responsável pela redução de homicídios no Estado de São Paulo.
É pelo celular que o grupo negocia a compra de drogas, que financia a compra de armas, conforme o MP. É o que mostra outra gravação, em que um dos integrantes afirma que as contas da facção estão “no vermelho” e que o tráfico, chamando de progresso, será mantido no interior.
A denúncia, assinada por 23 promotores de Justiça de todos os Grupos de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), aponta que 196 mil presos estão sob controle da facção, que atua em 90% dos presídios paulista e mata quem atrapalha os planos do grupo.
O MP pediu a prisão de 175 integrantes da facção, mas o pedido foi negado pelo Judiciário em primeira instância. A Promotoria recorreu da decisão. 

12/10/2013 às 08:12

Alckmin diz que não irá se intimidar por ameaça de grupo criminoso

Governador do Estado de São Paulo afirma que a situação dos bandidos “vai ficar muito mais difícil ainda”

Agência Brasil
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta sexta-feira (11) que não irá se intimidar diante da ameaça contra ele de uma organização criminosa que age no Estado. Interceptações telefônicas mostram que, pelo menos desde 2011, uma facção que age dentro e fora dos presídios paulistas planeja matar o governador.
“Os bandidos dizem [nas escutas telefônicas] que as coisas ficaram mais difíceis para eles. Pois eu quero dizer que vai ficar muito mais difícil ainda.  Nós não vamos nos intimidar. É nosso dever zelar pelo interesse público, lutar contra a criminalidade. Vamos fortalecer ainda mais o regime disciplinar diferenciado, penitenciárias de segurança máxima”, disse o governador em Mirassol (SP), segundo vídeo disponibilizado pelo portal do governo do Estado de São Paulo.
“Nós temos as mais fortes penitenciárias do país aqui no Estado de São Paulo. Os índices de criminalidade estão em queda, exatamente por esse trabalho. E ele vai ser fortalecido para proteger a população”, acrescentou.
As informações fazem parte de uma grande investigação feita pelo Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo. A investigação resultou na denúncia de 175 pessoas por participação em organização criminosa e na acusação da prática de crime de formação de quadrilha armada para o tráfico de entorpecentes, crimes contra o patrimônio e contra a vida de agentes públicos, além da aquisição, posse e manutenção de armas de fogo.
De acordo com o MP, as circunstâncias descritas nas denúncias e os elementos de prova colhidos só poderão ser divulgados caso seja retirado o sigilo de Justiça decretado no processo.  O MP pediu a prisão preventiva de todos os denunciados. A Justiça, no entanto, indeferiu a solicitação e o Ministério Público recorreu da decisão.
 

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