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terça-feira, 15 de outubro de 2013

SP: PMs chamam pacote de Alckmin de ‘saco de maldades’ e ameaçam greve

SP: PMs chamam pacote de Alckmin de ‘saco de maldades’ e ameaçam greve

Cerca de 150 manifestantes,  principalmente policiais militares, reuniram-se em uma manifestação na manhã  desta terça-feira, em frente ao Palácio dos Bandeirantes, zona sul de São Paulo.  O protesto foi realizado mesmo após um anúncio de reajuste a PMs feito na  segunda-feira pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. A manifestação,  liderada pelo deputado estadual Major Olímpio Gomes (PDT), reivindicou melhores  salários e condições de trabalho à categoria e chamou o pacote anunciado por  Alckmin de “saco de maldades”.
Alckmin definiu mudanças no plano de  carreira aos PMs, acelerando as promoções, e a ampliação de benefícios – que,  somados ao já anunciado aumento salarial de 7%, gerariam um reajuste de até 24%  para a categoria. As medidas, entretanto, dependem de aprovação da Assembleia  Legislativa de São Paulo. Apesar do anúncio, as medidas não deixaram a categoria  satisfeita.
Os manifestantes se reuniram na praça  Vinicius de Moraes, na avenida Giovani Gronchi, por volta das 10h e se dirigiram  para a avenida Morumbi, onde se instalaram em frente a um dos portões do Palácio  dos Bandeirantes. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo  precisou interromper o trânsito no local.
“O que foi anunciado como um pacote de  benefício, nós estamos chamando de um saco de maldades. O pleito das entidades  representativas de policiais era exatamente 15% esse ano e 10% ano que vem. O  governo, para não sinalizar com nada esse ano em relação a salários, fez esse  anúncio, que ainda não é um projeto, dando certa fluidez nas carreiras”, afirmou  o deputado Major Olímpio.
Os policiais disseram que não são  contra a fluidez de carreira dentro da PM, mas reclamam de o governo de São  Paulo ter ignorado os pedidos da classe. “As entidades mostraram total  desconforto. O governo pediu 14 dias para dar uma resposta em relação à política  salarial. O governo faz esse remendo de contemplação falando em política de  carreira. Ninguém é contrário a isso, mas desconsiderar completamente o inativo,  estamos lembrando que temos 94 mil inativos. Dois terços da população não serão  contemplados com nada nesse momento”, disse Olímpio.
O deputado afirmou que há chance de  greve da categoria. Segundo Olímpio, se os pedidos da classe não forem  atendidos, é possível que haja uma paralisação.
“Não estamos fazendo nenhuma ameaça.  Isso não é do comportamento da Polícia Militar. Queremos que tratem com  dignidade. A situação é de fome, de dor, é extremamente critica. Queremos  salários dignos”, disse. “Quando se fala em 7%, você faz o cálculo, implica no  salário real de 1,38%. É esse o sentimento de indignação. É só perguntar para  qualquer soldado de polícia, em qualquer atividade. Fomos enganados. É a marcha  dos enganados. Esse é o sentimento que está no coração do policial. Se o governo  não tomar uma atitude minimamente descente, nos podemos ter um recrudescimento  das nações e reviver em São Paulo o que se passou há 51 anos.”
Alckmin anuncia reajuste a  PMs Na noite de segunda-feira,  entre as medidas anunciadas, o governador autorizou ainda que o policial seja  empregado em atividade de policiamento ostensivo em seu período de folga  mediante pagamento de diária. Com essa medida, que representa mais uma fonte de  receita para os policiais que voluntariamente aderirem, será possível aumentar a  capacidade de policiamento com aproximadamente mais cinco mil homens nas  ruas.
Para o auxílio alimentação, no valor  de R$ 176, o governador anunciou o aumento no teto salarial para os PMs que  recebem o benefício. Atualmente, o limite é de até 141 UFESP (R$ 2.731,17), que  será ampliado para 151 UFESP (R$ 2.924,87). A medida beneficia 15,9 mil soldados  que deixariam de receber o auxílio após o reajuste de 7%, mas manterão o  benefício. “Dessa forma, ninguém perde o benefício que tinha”, afirmou  Alckmin.
O novo plano de carreira, segundo o  governo, acelera a possibilidade de promoção e melhora a mobilidade dos  policiais. O governador autorizou a promoção de 21.617 soldados PM 1ª classe  para cabo PM. Outros 5.665 policiais militares, como sargentos e tenentes,  também serão promovidos. “Toda a corporação é favorecida, uma vez que aumenta a  rotatividade e, portanto, diminui o tempo de espera para promoção”, diz o  governo em nota.
Além disso, Alckmin autorizou que  soldados PM 1ª classe com cinco anos de atividade possam concorrer, via  concurso, a uma vaga de 3° sargento PM (antes, eles só poderiam ser promovidos a  cabo). As medidas passarão a valer em abril para os praças e em maio para os  oficiais. O custo será de R$ 189 milhões em 2014 e 2015.
O anúncio inclui também o benefício da  promoção ao posto imediato aos aposentados que não haviam sido beneficiados em  2011. São 1.411 servidores com impacto anual de R$ 42,8 milhões.
Única medida que não depende de  aprovação da Assembleia, o valor real da diária alimentação passaria de R$ 20  para aproximadamente R$ 40, e os policiais passam receber esse benefício por até  15 dias (o teto atual é 12). Na prática, toda a corporação terá um ganho de R$  341,10.
TERRA
Após anúncio de  promoção, PMs realizam manifestação em frente à sede do  governo A Associação dos  Cabos e Soldados repudia o percentual de reajuste concedido por  Alckmin
Policiais militares  preparam uma manifestação para a manhã desta terça-feira (15) em frente ao  Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Por volta das 9h30, o grupo  já se reunia na praça Vinícius de Moraes, no Morumbi, zona sul da capital. A  previsão é que uma passeata até o palácio comece por volta das 10h.
O grupo realiza o protesto um dia após o governador  Geraldo Alckmin anunciar benefícios para a carreira de policiais militares em  todo o Estado de São Paulo. De acordo com o governo, a medida atingirá  principalmente os soldados — 21.617. Ao todo, 27.282 militares receberão  promoção.
No entanto, a ACSPMESP (Associação dos Cabos e  Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo) informou, em nota, que  “repudia o percentual de reajuste”. O objetivo dos policiais, segundo a  associação, “é pressionar o governo por melhores condições de trabalho e de  salários”. DO  R7.com

Policiais militares protestam em frente à sede do governo paulista

SÃO PAULO – Policiais militares fazem na manhã  desta terça-feira (15) um protesto em frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede  do governo paulista, para reivindicar melhores condições de trabalho, mudanças  no plano de carreira e reajuste salarial. De acordo com a Companhia de  Engenharia de Tráfego (CET), desde as 10h20, a categoria bloqueia a Avenida  Morumbi, próximo à Avenida Giovanni Gronchi, nos dois sentidos. É a segunda  manifestação de policiais desde 1º de outubro.
Ontem (14), o governador Geraldo Alckmin anunciou  um novo plano de carreira da corporação, que prevê a promoção de 27 mil  policiais, sendo 21 mil soldados para cabos até abril do próximo ano. As medidas  incluem ainda reajuste da diária-alimentação, que poderá chegar a R$ 581, e a  contratação de 5 mil oficiais administrativos para substituição de soldados  temporários. Além disso, estabelece a diária especial, que vai permitir que  policiais trabalhem voluntariamente nas folgas com direito à remuneração  extraordinária.
De acordo com a Associação dos Oficiais da  Polícia Militar de São Paulo, as medidas estão sendo criticadas, porque não  atendem à corporação por inteiro. A principal reivindicação da categoria é que  seja dado o mesmo reajuste aos policiais civis, que, segundo a associação, foi  escalonado em 7%, 10% e 15% nos próximos três anos.
Agência Brasil
Diário do Grande ABC

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