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domingo, 15 de setembro de 2013

Croeste tem três programas finalistas no Prêmio Innovare 2013

Croeste tem três programas finalistas no Prêmio Innovare 2013

As práticas abrangem não só os reeducandos como também os servidores penitenciários
Consultor do Innovare em visita na Croeste
A Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste (Croeste) recebeu no dia 29/07/2013 o consultor do Instituto Innovare, Thiago Alberto Zoratti. O objetivo da visita foi verificar os três projetos desenvolvidos na região que são finalistas do Prêmio da instituição em 2013. A premiação visa identificar, premiar e disseminar práticas inovadoras realizadas por magistrados, membros do Ministério Público Estadual e Federal, defensores públicos e advogados de todo o Brasil. A ultima edição teve como tema “Desenvolvimento e Cidadania” e foi realizada em 07/11/2012.
Para o coordenador da Croeste, Roberto Medina, o fator primordial de sucesso dessas ações é o estreito canal de relacionamento que Lourival Gomes, secretário de Administração Penitenciária, mantém com outros órgãos públicos e poderes governamentais. Através de uma gestão transparente, ética e responsável, esse canal constante de comunicação tem possibilitado a SAP, desenvolver parcerias com outras instituições e também com o Poder Judiciário.
Dos programas classificados para análise da consultoria do Instituto Innovare, dois são desenvolvidos na sede da Croeste. O Programa “Arte do Servir - Promovendo Justiça e Direitos Humanos para Servidores Prisionais”, atende os profissionais vítimas de situações de violência e é focado em diagnosticar a saúde física, psíquica e social. Com ações voltadas para essas áreas, a intenção é gerar a valorização do individuo no trabalho e a sua sociabilidade.
Já o Programa “Promoção da Responsabilidade Social e Cidadania nos Ambientes Prisionais”, tem como intuito o bem estar no emprego. Conta também com a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes para garantir ao funcionário público um local de qualidade.
Desenvolvidos e orientados pelo Lincoln Gakiya, promotor de Justiça, e coordenados por Alessandro Aparecido Rampasso, agente de Segurança Penitenciária e Fabiana Minzoni Rocha, psicóloga, os projetos têm facilitado as ações de Justiça e Direitos Humanos junto aos servidores penitenciários, gerando o reconhecimento social através de ações que são desenvolvidas com as populações e na elaboração de parcerias com instituições filantrópicas.
O terceiro programa classificado é desenvolvido na Penitenciária Feminina de Tupi Paulista, o Projeto Nascendo para a Liberdade conseguiu em pouco tempo tornar-se uma ferramenta importante para assegurar os direitos das crianças nascidas no cárcere. Segundo a diretora da unidade, Adriana Alkmin, a parceria com o Poder Judiciário e com o conselho tutelar através da Vara da Infância e da Juventude e do Ministério Público, tem potencializado o apoio nas ações.
O projeto tem como objetivo incentivar a autonomia desses recém-nascidos. Através de atividades que são feitas a partir dos quatro meses de vida, eles são direcionados para desenvolver habilidades motoras, emocionais e sociais. Para isso, os profissionais da penitenciária cantam, conversam e estimulam o bebê a engatinhar. Assim, contribuem para o crescimento de suas aptidões, possibilitando uma seguridade capaz de aprimorar o crescimento infantil de forma saudável e com o menor risco de vulnerabilidade social.
Para o juiz da Vara da Infância e Juventude Moyses Harley Alves Coutinho Oliveira, ao acolher a criança precisamos garantir seus direitos, reduzindo as possibilidades de criá-la sem condições de um desenvolvimento digno. Rompe-se então o preconceito que busca a todo o momento inferiorizar e condenar os filhos de presos. Ele destaca também que é dever dos poderes públicos constituídos garantir de forma participativa e colaborativa os direitos desses recém-nascidos.

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