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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

SISTEMA PRISIONAL PAULISTA PEDE SOCORRO

SISTEMA PRISIONAL PAULISTA PEDE SOCORRO

         Os trabalhadores do Sistema Prisional Paulista estão morrendo. Muitos já estão mortos, e exterminados de maneira cruel. Os demais, cansados e aterrorizados, estão morrendo aos poucos com a dúvida que apavora: Serei eu o próximo? E o Estado que não se responsabilizou por mim, responsabilizar-se-á por nossos órfãos e viúvas. As ameaças, intimidações e agressões sofridas pelos mesmos ultrapassaram os muros da prisões e agora somos vítimas das tocaias, ciladas, atentados e execuções nas ruas. Estamos encarcerados com nossas famílias em nossas casas e em nossas mentes cheias de medo.
          Mesmo que a Secretaria da Segurança Pública insista quase sempre na tese do homicídio ou latrocínio, todos temos certeza e convicção que os assassinatos recorrentes de trabalhadores do sistema prisional são execuções sumárias. Estes atos tentam mostrar que o crime comanda e que o Estado mais rico da nação, representado na figura do Sr. Governador Alkmin e toda a sua estrutura de segurança pública são meros coadjuvantes e espectadores.

           Os abnegados trabalhadores do nosso sistema penitenciário e seus familiares, assim como as demais categorias que compõem a segurança pública estão apavorados ante a onda de violência contra os agentes públicos da Lei e inconformados diante da inércia da política de segurança do Sr. governador. A omissão e leniência do governo estadual, assim como a incapacidade de reconhecer os seus erros crassos e históricos na condução do sistema penitenciário paulista potencializam as ações e investidas das facções do crime organizado.
            A “despolítica” penitenciária transformou os presídios em “favelões” penitenciários, com seus puxadinhos e improvisos, abarrotados de pessoas, entenda-se presos, pois os funcionários, na grande maioria da unidades prisionais são em números cada vez mais ínfimo, decorrente da falta de planejamento e da desorganização e incapacidade administrativa.
             Os cargos de direção e comando na estrutura hierárquica da SAP, os chamados cargos de confiança são concedidos aos apadrinhados, amigo dos amigos, aos pertencentes aos mesmos grupos, clubes, lojas ou associações. A tão propalada meritocracia do PSDB não se aplica na Secretaria de Administração penitenciária.
              Precisamos repensar o Sistema Penitenciário Paulista. Passarmos a limpo o capítulo negro que tem sido a história do sistema penitenciário nas últimas décadas, onde exportamos para outros Estados, quiçá para outros países, facções do crime fortalecidas e estruturadas como resultado e mérito da nossa desestrutura.
               O SIFUSPESP clama por mudanças. Os trabalhadores do s presídios paulistas necessitam de mudanças. Mudanças de ideias de como visualizar um sistema penitenciário mais humano e justo onde os direitos e as necessidades da população carcerária possam ser conciliados com as nossas minimamente dignas condições de trabalho, voltadas para a manutenção da vigilância, segurança e disciplina. Temos a certeza absoluta que a superlotação nas nossas prisões, entre outros fatores importantes, inviabiliza a aplicação, seja do Código Penal Brasileiro, da lei de Execução Penal, ou mesmo qualquer acordo Internacional firmado pelo Estado paulista ou mesmo pelo Governo Federal.
                A atual política da SAP não nos representa dignamente. A sociedade Paulista paga um preço alto pelo abandono do nosso sistema penitenciário. Já faz algum tempo que os problemas ultrapassaram os muros das nossas prisões e necessitam ser encarados como uma preocupação de todos, sem exceção.
                 O SISTEMA PENITENCIÁRIO PAULISTA, ABANDONADO E FALIDO, CERTAMENTE É UM DOS MAIORES CONTRIBUIDORES COM O AUMENTO DA VIOLÊNCIA NO NOSSO PAÍS E COM A TOTAL SENSAÇÃO DE INSEGURANÇA DE TODA A SOCIEDADE BRASILEIRA.
                  CLAMAMOS POR MUDANÇAS, MAIS DO QUE NOSSAS PRÓPRIAS VIDAS! SABEMOS QUE DISTO DEPENDE A VIDA DE OUTROS!

http://www.sifuspesp.org.br/images/stories/2014/dezembro_2014/comunicadocomp.pdf

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